#DecriminalizeLGBT: 4 histórias de determinação e coragem
Como parte de nossa campanha #DecriminalizeLGBT, destacamos organizações e indivíduos que trabalham para proteger e defender os direitos das pessoas LGBT em todo o mundo. Os esforços de ativistas e organizações são cada vez mais importantes, à medida que os governos se tornam mais hostis em relação à comunidade LGBT.
As histórias que compartilhamos nos últimos meses fornecem informações importantes sobre essa questão e ajudam a expandir a narrativa da experiência LGBT em relação à criminalização. Elas são diversas e complexas, mas cheias de determinação e coragem. Destacamos aqui algumas das histórias que apresentamos.
O caso no Quênia tem o potencial de ser um divisor de águas. A Comissão Nacional dos Direitos Humanos para Gays e Lésbicas (NGLHRC) do Quênia está trabalhando para revogar as leis anti-LGBT no país. A comissão está desafiando códigos penais desatualizados que violam a constituição queniana e os direitos humanos básicos das pessoas LGBT. A decisão está prevista para abril, e a NGLHRC e a comunidade queniana devem se preparar para a decisão porque, independentemente do caminho, terá um profundo impacto sobre as pessoas LGBT em toda a África. Você pode apoiar a luta do NGLHRC clicando aqui.
A OutRight Action International está na vanguarda da defesa dos direitos LGBT em todo o mundo. Conversamos com Jessica Stern, diretora executiva desta importante organização de direitos humanos, para saber mais sobre os incríveis esforços da organização para melhorar a vida das pessoas LGBT.
Nesta entrevista, que você pode conferir inteira aqui, Stern diz, “Temos que responsabilizar os governos pelos abusos flagrantes que estão cometendo contra as pessoas LGBT. Isso significa documentar e fazer relatórios, ouvir de ativistas locais suas prioridades e investir em campanhas de educação e sensibilização para combater a narrativa negativa sobre pessoas e questões LGBT. É importante ressaltar que precisamos investir no sistema internacional para que, quando alguém enfrenta discriminação, perseguição ou tortura realizadas por governos, tenhamos meios de buscar justiça e reparação ”.
O Oriente Médio tem sido uma região particularmente desafiadora, com recentes repressões no Egito e no Irã. No Líbano, no entanto, houve avanços, ainda que modestos, devido ao trabalho dedicado de ativistas LGBT como Georges Azzi.
Azzi é o diretor executivo da Fundação Árabe das Liberdades (AFE). Ele nos contou sobre os desafios que encontram, construindo coalizões e priorizando a descriminalização. Azzi diz: “É importante lembrar que os direitos LGBT não são um luxo. As pessoas nunca devem dizer: “Esta não é uma prioridade agora”. Ouça e compartilhe nossas histórias. Apoie-nos quando pedirmos apoio e falarmos sobre a descriminalização. Aumente a consciência sempre que tiver a oportunidade. ”Leia a entrevista completa aqui.
Murat Renay — fundador da maior revista de cultura gay da Turquia, GZone, escritor e ativista — gerou importante relatório sobre a experiência de ser LGBT na Turquia. O governo tornou-se cada vez mais conservador, mas os ativistas resistem e encontram esperança em suas lutas compartilhadas por Renay.
“Os indivíduos LGBT na Turquia vivem sob a pressão de um governo conservador, que parece se fortalecer a cada ano”, diz ele. “Mas acreditamos que sempre há esperança em nosso movimento. Precisamos aprender a mudar nossa atitude e nossos modos de resistir. Precisamos mudar para ganhar mais aceitação na sociedade. Esse caminho será difícil, mas acreditamos que um dia a maioria aprenderá a respeitar nossos direitos. Porque nós existimos!
As questões de criminalização e justiça social devem ser priorizadas. Pretendemos manter a dinâmica em torno da questão da criminalização através do engajamento de conteúdo e nas mídias sociais. Está sendo finalizado o Relatório de Homofobia Patrocinada pelo Estado,que deve ser divulgado em maio, da ILGA, Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais. Esta pesquisa mundial sobre leis relativas a orientação sexual será divulgada para coincidir com o Dia Internacional Contra Homofobia, Transfobia e Bifobia (IDAHOT) em 17 de maio. O tema do IDAHOT é “Alianças para a Solidariedade” e, se todos trabalharmos juntos, poderemos diminuir a homofobia.